Murer volta a perder para cubana e fica com prata no Mundial de Pequim

Brasileira conseguiu a marca de 4,85m, mas acabou sendo superada por Yarisley Silva na última tentativa. Nikoleta Kyriakopoulou ficou com o bronzeBrasileira comemora a conquista da medalha de prata no Mundial de Atletismo, em Pequim (Getty Images)Não foi desta vez que Fabiana Murer se tornou a primeira brasileira na história a ser bicampeã mundial de atletismo. Isso porque, na manhã desta quarta-feira (26 de agosto), a cubana Yarisley Silva voltou a vencer a paulista em uma final emocionante do salto com vara no Estádio Ninho do Pássaro, em Pequim, repetindo o feito conquistado nos Jogos Pan-Americanos de Toronto, em julho.

O ouro cubano só veio na última tentativa para saltar os 4,90m. Caso Yarisley derrubasse o sarrafo, Murer ficaria com o título por ter menor número de erros e também ter alcançado os 4,85m. No entanto, a adversária da brasileira conseguiu superar a marca. Em seguida, Fabiana desperdiçou sua terceira e última chance para seguir viva na disputa e terminou com a prata. A grega Nikoleta Kyriakopoulou levou o bronze, com 4,80m.
Medalhista de ouro do Mundial de Daegu, na Coreia do Sul, em 2011, Fabiana Murer ao menos conseguiu para o Brasil a primeira e única medalha até então em Pequim. Já Yarisley Silva levará para a casa sua primeira láurea dourada em Mundiais de pista aberta – em Moscou 2013, a centro-americana ficou com o bronze.
No Pan de Toronto, Yarisley bateu Murer ao saltar 4,85m, cinco centímetros a mais que a brasileira, mesma diferença que decretou o ouro cubano nesta quarta em Pequim.Após o título inédito, a cubana ainda tentou superar os 5,01m, mas não obteve sucesso.
O resultado, porém, é o melhor de Fabiana na atual temporada, já que a anterior era de 4,80m, alcançada em Nova York e no Pan de Toronto. A atleta de Campinas saltou 4,85m pela terceira vez na carreira: a primeira foi em San Fernando, na Espanha, em 2010, e depois na conquista do ouro em Daegu.
O desempenho no Ninho do Pássaro ao menos faz Fabiana Murer amenizar o trauma ocorrido nos Jogos Olímpicos de 2008, em Pequim, palco em que a vara da brasileira sumiu momentos antes das disputas, o que prejudicou seu rendimento na competição.

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