Problemas para a Nike com o Dynamic FIt

Vários jogadores profissionais modificam o Dynamic Fit Collar das suas chuteiras,alguns de forma manual. O que se estará a passar com a tecnologia de referência da Nike?


Em 2014 a Nike revolucionou a forma de fabrico das chuteiras de futebol. Um único fio passava a ser o elemento principal para fabricar as chuteiras e a construção mudava, isto para que tivesse um cano mais subido e para que cobrissem o tornozelo. A ideia foi muito bem aceite num primeiro momento pelo jogadores profissionais, e como sempre, nós o resto dos futebolistas, imitamos os profissionais.

Andrés Iniesta com as Magista Obra no Mundial do Brasil 2014
Mas pouco a pouco começaram a surgir dúvidas. Alguns dos jogadores mais importantes patrocinados pela Nike começaram a utilizar as chuteiras com pequenas modificações no Dynamic Fit Collar. As chuteiras do Cristiano Ronaldo foram as primeiras a reduzir o comprimento do Dynamic Fit Collar. Neste caso foi a própria Nike a que fabricou um Dynamic Fit Collar mais curto que o habitual, e continua a ser assim desde há um ano atrás, quando o Ronaldo estreou as suas Mercurial Superfly.

Ronaldo com as Mercurial Superfly e o Dynamic Fit Collar mais curto
Durante a época passada Andrés Iniesta, o jogador que é a imagem de Magista, fez com que a marca do swoosh sofresse um sério revés. Após uma má experiência no Mundial e um inicio de temporada irregular, as chuteiras do Iniesta deixaram de ser o modelo Magista Obra com Dynamic Fit para serem o modelo mais convencional, as Magista Opus fabricadas em Kanga-Lite. Casualidade ou não...Iniesta melhorou as suas prestações em campo.

Andrés Iniesta na pré-época 2015/2016 no FC Barcelona
Mas a grande surpresa veio este verão. Após ver o Isco Alarcón várias semanas a treinas com as as Hypervenom Phantom II em blackout parecia que o jogador andaluz se converteria no grande embaixador da nova geração de Hypervenom, mas passados poucos jogos surpreendeu-nos ver como as chuteiras do Isco estavam cortadas, retirando o Dynamic Fit Collar. Qunao dizemos cortadas, não estavam cortadas de maneira profissional como as chuteiras do Cristiano Ronaldo mas sim de forma artesanal, provavelmente por ele mesmo ou por algum roupeiro do Real Madrid.

Isco Alarcón no Bayern-Real Madrid com o Dynamic Fit cortado
E praticamente ao mesmo tempo que o Isco fazia esta façanha (em que podem estar a pensar?!) às suas chuteiras pudemos ver Arturo Vidal estrear-se com o Bayern de Munich e com uma modificação nas suas Mercurial Superfly muito mais chamativa ainda, o pé esquerdo sem modificar e o pé direito com o Dynamic Fit Collar cortado à tesoura.

Arturo Vidal no Bayern Münich-Real Madrid com as Mercurial Superfly customizadas
Um revés difícil de explicar para a marca Nike, e para evitar novos casos, pelo menos por parte dos jogadores mais mediáticos. fabricou também um  modelo especial das Hypervenom Phantom II para o Neymar com o Dynamic Fit reduzido de série. As chuteiras do Neymar com um novo recorte feito à mão seria um duro golpe para a Nke e para as suas tecnologias Flynit e Dynamic Fit Collar.

Dynamic Fit rmais curto para Neymar num dos seus primeiros primeros treinos com o FC Barcelona
Querem saber a minha opinião sobre tudo isto? O futebol é um dos desportos onde os desportistas são mais resistentes a experimentar novas tecnologias. No ciclismo uma nova bicicleta, na natação um novo têxtil para os fatos de banho, no atletismo um novo composto para as sapatilhas (para dar três exemplos), despertam o interesse dos desportistas. No futebol somos muito mais cépticos. Se se trata de algo novo...a partida desconfiamos. Ainda ouço comentários do estilo: como as Copa Mundial não há outras! E sim, efetivamente foram um grande sucesso, bonitas e com um rendimento brutal, mas há que virar a página. Ninguém pode imaginar um jogador de Basquetebol com umas sapatilhas dos anos 20 ou um piloto de Fórmula 1 a utilizar os mesmos pneus que utilizavam em 1985.
Se todos os futebolistas que saem neste blog tivessem dado uma oportunidade ao Dynamic FIt Collar como fez Iniesta, provavelmente quase todos continuavam a utilizá-lo. A chave para o sucesso...as gerações futuras. A mentalidade dos jogadores de futebol que começam agora a integrar o futebol profissional é muito mais aberta  e eles sim estão ansiosos para poder testar coisas novas. 

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